Tuesday, June 24, 2008

Clube dos escritores mortos (ou quase)

Não estamos, mas podíamos. Muita gente queria que assim fosse (eu bem tento, mas os camiões conseguem sempre capotar à última da hora). Mas não estamos. Pelo menos eu sei que não estou. Ou então há algumas pessoas a terem experiências muito más. Quanto aos outros dois, um está na praia atm (ou ainda não saiu da cama). O outro deve estar num certo café de pedra dura a tentar fazer com que transeuntes comprem pins por €15...


Claro que também pode ter acontecido alguma coisa e um ter sido vítima de um arrastão e o outro de um soterramento. Mas a vida continua (para eles não, claro). E o imbecil que por cá se deixou ficar cria estratagemas para se juntar a eles e mesmo assim deixar o dinheiro do seguro com familiares ou amigos (só para lixar a seguradora da qual eu não tenho seguro, mas ainda assim espero que alguém lá vá pedir uma indemnização). Também não tenho testamento, o que lixa um bocado o vosso planeamento da minha morte. Mas não deixem que isto vos impeça de continuar a planeá-la. A não ser que seja um plano que envolva dor da minha parte. Se for esse o caso, estejam quietos.


Estamos naquela que é a melhor época para um estudante. Edit: para um psicólogo. Double Edit: para um farmacêutico. Triple Edit: para um dealer. Acho que já transmiti a ideia. Se és um imbecil, não saltes de parágrafo ainda. Óbvio que se não és um imbecil, deves saltar o resto do parágrafo. O que eu queria transmitir [o.m.q. passar (o.m.q.="o mesmo que")] era: a época corrente nada tem de bom para um estudante. Nem mesmo para aquele que procura sê-lo no fundo de um copo/caneca/barril. Cada vez que nos vamos deitar para dormir (e às vezes mesmo que não seja para dormir) pedimos sempre à pessoa mais próxima (nem que esteja na casa do lado) para verificar a parte debaixo de dito móvel de quatro pernas (a não ser que tenha mais pernas)para confirmar se realmente não está nenhum exame lá debaixo à espera que estejamos desprevenidos para se entregar sozinho e sem nome. O pânico constante de tropeçarmos num tronco de matéria ainda por rever. Onde nos refugiamos disto? Resposta A: num consultório de psiquiatria (dinheiro a entrar para dito consultório); resposta B: na pharmácia, em busca de "vitaminas" para aumentar a nossa performance no estudo (dinheiro a entrar para dita pharmácia); resposta C: no beco ao lado da nossa casa onde está o nosso vizinho e amigo nos momentos mais difíceis, o dealer local
[dinheiro a entrar para o dito dealer ("entrar" porque eles armazenam tudo no mesmo sítio)]. Em suma, esta não é a melhor época para um estudante. (Aqui um pequeno desabafo para quem não saltou para o próximo parágrafo: ninguém saltou para o próximo parágrafo)


O que não me consola nesta época (para além da constante obrigação de estudar)é o facto de 21 de Julho já ter passado e continua a estar frio. Não vale a pena deixar comentários relativos a este princípio de parágrafo. Nada que varie do "és louco". É verdade que assim não posso estar constantemente a reclamar coisas como "quem me dera estar na praia". Com esta porcaria de temperatura é o último sítio onde me apanham.


Aproveito o final deste post para anunciar a minha mudança de comportamento em relação ao aumento do efeito de estufa: pois que venha. O que é que a "Mãe" Natureza fez por nós sem ser sismos, maremotos (ou tsunamis, [/sarcasm]depende do local do globo [/end sarcasm]), fogos florestais (duvido que todos tenham sido causados por nós), vulcões, doenças e parasitas. Vou comprar um Hummer e salvar o mundo desse flagelo que é a "Mãe" Natureza.

Leite